sábado, 27 de março de 2010

Pedro Pedra

Ele nasceu no dia 5 de maio de 2003 em Florianópolis - Continente. Estava frio quando resolveu ganhar o mundo. Quase 3:30 da madrugada. Foram 10 horas de trabalho de parto, não era dor, era mais ansiedade. E como se movimentava esse menino, alíás, nada mudou...

Lendo um texto de Rubem Alves, que um amigo me indicou, a imagem da criança associada ao ninho quando dorme não saiu de minha cabeça. Ainda mais por estes tempos do julgamento de um caso que abalou o país. E então resolvi prestar atenção...não que eu nunca tenha feito isso mas a vida, a rotina da vida, tira-nos algumas preciosidades.

A última noite fiquei umas duas horas olhando meu filhote dormir e confesso: eu morrerei por ele se um dia for preciso. É o maior amor do mundo, é um carinho sem fim, é uma vontade doce de estar o tempo todo tocando, faz parte de meu corpo, é uma extensão de minha alma, sou eu em outro alguém. Pode crescer quanto quiser, será sempre meu pequeno, sempre encontrarei a carinha de bebê nos traços do então moleque...e assim será até meus ultimos dias por aqui.

Reconheço nele coisas minhas, coisas boas e ruins. Ouço dele idéias que eu teria, o que eu sinto ele sente e já nos comunicamos assim. Quando um aperto muito forte me invade e eu não sei de onde vem a angústia basta procurar por ele e saberei: caiu na escola, não dormiu bem, está com febre...

É um pedacinho de mim que cresce independente, é o maior amor de todos os tempos de minha vida. Ele foi a prova irrefutável de que Deus existe.

Eu sei também que ele não me pertence, que um dia será do mundo, não tem importância...ele veio por mim e isto já me deixa feliz. Ele já não é tão dependente de mim, não precisa me dar os braços para ir ao colo, ainda bem, ele tem 2/3 do meu tamanho e metade de minha massa. Já não dorme mais com ursinhos, mas ainda precisa de histórias e música. Que Deus preserve isso por mais um bom tempo. Ele pode não precisar tanto desse ritual para dormir, mas para mim é crucial.

Ah, meu Pedro Pedra Pedregulho...

3 comentários:

  1. Vejo que o livro incitou belas reflexões! Que bom... esse talvez seja o laço mais puro da natureza; mãe e filho.

    Beijo, Val!

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  2. É Val, imagino que todos os dias a sua vida se reinventa ao lado de Pedro. Isso deve ser legal!

    Muita saúde e vida para o Pedro. E para os pais-coruja também.

    Abraço!

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  3. fiquei emocionado com o texto, porque no dia 09 de outubro nasceu minha flor Renata Maria, que também me faz tão feliz

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